Resumos

HEGEMONIA E DECLÍNIO DA INFLUÊNCIA EUROPEIA

1. Explica as razões da supremacia mundial da Europa do século XIX
As razões da supremacia europeia nos inícios do século XX foram:
- a Europa detinha a maior parte da produção industrial;
- era a Europa que fazia a maior parte dos investimentos em todo o mundo;
- eram europeias a maioria das empresas de transporte marítimo
- a Europa tinha um poder de compra superior ao dos outros continentes

2. Identifica as potências industriais.
As maiores potências industriais eram a Grã-Bretanha, a Alemanha e a França.

3. Relaciona a corrida às áreas de influência com a expansão da industrialização.
Devido à segunda Revolução Industrial, as grandes potências europeias vão interessar-se por uma nova vaga de colonialismo para, deste modo, obterem mais matérias-primas para as suas indústrias e para terem acesso a novos mercados de escoamento dos seus produtos.

4. Refere as outras razões do colonialismo europeu.
As outras razões do colonialismo europeu no século XIX foram:
- o desejo das grandes potências europeias afirmarem o seu poder militar;
- a missão “civilizadora”: os europeus, considerando-se “superiores”, consideravam que tinham o dever de civilizar os povos primitivos.

5. Integra as medidas da Conferência de Berlim no contexto das rivalidades imperialistas.
A Conferência de Berlim surgiu como tentativa de evitar disputas territoriais em África entre os países europeus. A principal medida aí tomada, para atingir esses fim, foi a afirmação do princípio de ocupação efectiva.

6. Identifica as potências imperialistas.
As potências imperialistas nos finais do século XIX eram a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha, a Bélgica, Portugal e Holanda.

7. Explica as intenções da proposta portuguesa do Mapa Cor-de-Rosa.
O projecto do Mapa Cpr-de-Rosa consistia na intenção de ocupar todo o território entre Angola e Moçambique.

8. Justifica o Ultimatum britânico.
O Projecto do Mapa Cor-de-Rosa vai colidir com o projecto britânico de unir o Cairo ao Cabo através de uma linha de ferro. Por isso, a Gra-Bretanha exige a retirada do projecto português; caso contrário, a Grã-Bretanha poderia recorrer à força.

9. Justifica a existência de rivalidades económicas entre as potências imperialistas.
No início do século XX existiam rivalidades económicas entre a Grã-Bretanha e a Alemanha: a primeira, grande potência industrial, a segunda, uma potência emergente. Os dois países concorriam pelo domínio dos mercados internacionais.

10. Localiza e explica os principais antagonismos territoriais existentes na Europa nas vésperas da 1ª Guerra Mundial.
Os principais antagonismos territoriais eram os seguintes:
- entre a França e a Alemanha porque a primeira exigia a devolução de dois territórios – a Alsácia e a Lorena – à Alemanha, que os tinha conquistado na sequência da guerra franco-prussiana em 1871
- entre o Império Austro-Húngaro e a Rússia, pela procura de influência política nos Balcâs. A Rússia apoiava o projecto sérvio, que consistia na constituição de um Estado que unisse todos os eslavos do Sul (alguns, como a Bósnia-Herzegovina e a Croácia estavam sob o controlo do Império Austro-Húngaro)

11. Explica a formação de dois blocos militares opostos.
Devido ao clima de tensão entre vários Estados europeus, os países vão preparar-se para a guerra: vão empreender uma corrida ao armamento e vão formar alianças militares. Deste modo, no caso de algum país agredir outro, os aliados de cada um iria prestar auxílio militar.

12. Identifica os países dos dois blocos em confronto.
A Tríplice Aliança era constituída pela Alemanha, o Império Austro-húngaro e a Itália; a Tríplice Entente era constituída pela Grã-Bretanha, a França e a Rússia.

13. Justifica a eclosão da 1ª Guerra Mundial.
A 1ª Guerra Mundial inica-se pelo despoletar de um rastilho que há muito se adivinhava. O assassinato do principe herdeiro do trono Austro-ungaro, Francisco Fernando, por um estudante nacionalista sérvio, põe em funcionamento o sistema de alianças: o Império Austro-Húngaro declara guerra à Sérvia, a Rússia declara guerra ao Império Austro-Húngaro, a Alemnha declara guerra à França e à Rússia, etc. Deste modo, um “pequeno” conflito regional transforma-se numa guerra generalizada.

14. Caracteriza as etapas da guerra.
As etapas da guerra foram:
- guerra de movimentos (1914) . movimentos ofensivos rápidos por parte da Alemanha;
- guerra de posições ou guerra das trincheiras (1915-1917) – foi a fase mais longa da guerra porque se chegou a uma situação de impasse, na qual a principal preocupação dos dois lados era manter as posições já conquistadas através da construção de valas – as trincheiras.
- retorno à guerra de movimentos (1918) – os Aliados, após a entrada dos EUA na guerra, vão ver o seu poder militar reforçar, permitindo uma série de vitórias sobre a Alemanha e o Império Austro-Húngaro.

15. Descreve as más condições de vida nas trincheiras.
Nas trincheiras, os soldados morriam de todo o tipo de mortes. Para além das violentas batalhas, os soldados tinham fome, frio e más condições de higiene. Viviam na lama, com ratos e piolhos, o que lhes causava todos os tipos de doenças.

16. Explica a entrada dos EUA na guerra..
Os EUA entraram na guerra devido aos ataques dos submarinos alemães aos navios mercantes americanos que abasteciam a Grã-Bretanha de armas, munições e outros mantimentos para a guerra.

17. Explica o retorno à guerra de movimentos.
O retorno à guerra de movimentos só foi possível devido à entrada dos EUA na guerra, permitindo o reforço dos Aliados em armas, munições e soldados.

18. Justifica o armistício de 11 de Novembro.
A Alemanha solicitou o fim das hostilidades (armistício) devido à série de derrotas que estava a sofrer, que conduziam ao avanço dos Aliados sobre a Alemanha

19. Enumera as condições impostas pelos vencedores aos países vencidos.
A Alemanha foi obrigada a declarar-se como a única culpada pela guerra e, pela assinatura do tratado de Versalhes, foram-lhe impostas uma série de imposições:
- perdeu as colónias e restituiu a Alsácia e a Lorena a França
- teve de proceder à desmilitarização da Alemanha
- teve de pagar pesadas indemnizações aos Aliados

20. Descreve as consequências da 1ª Guerra Mundial para a Europa:
-políticas: foi criado um organismo internacional, a Sociedades das Nações, com o objetivo de assegurar a paz no mundo; o mapa político da Europa alterou-se devido ao desmembramento dos impérios centrais e, em consequência, o aparecimento de novos países (ex: Jugoslávia, Checoslováquia, Polónia)
-demográficas: elevadas perdas humanas (8 milhões de mortos) conduzindo à diminuição da mão de obra
- materiais: destruição de povoações, campos, fábricas, vias de comunicação e frota mercante
- económicas: crise da economia europeia devido à diminuição da produção que conduziu à subida ados preços e à inflação; aumento da dívida pública devido aos pedidos de empréstimo realizados durante a guerra. Como consequência, aumentou o desemprego.

21. Explica a supremacia económica americana depois da 1ª Guerra Mundial.
Os EUA, depois da 1ª Guerra Mundial, tornaram-se na grande potência económica do mundo, devido, principalmente, ao grande aumento da produção industrial. Isso deveu-se à aplicação de novos métodos de produção e de organização de trabalho:
- taylorismo: divisão do trabalho (cada operário faz apenas uma tarefa) e estandardização (todos os produtos são iguais)
- fordismo: trabalho em cadeia, no qual o operário está em frente a um tapete rolante, evitando assim deslocações e perdas de tempo; aumento dos salários dos trabalhadores como forma de incentivo para aumentar a produção


PORTUGAL: A 1ª REPÚBLICA

1.Descreve as dificuldades da monarquia.
Entre 1890 e 1910, a monarquia portuguesa passou por uma série de dificuldades:
- 1890: o Ultimatum britânico e a cedência aos interesses ingleses foram sentidos pelos portugueses como uma humilhação, provocada pelo rei português.
- 1890/91 - grave crise económica e financeira: défice da balança comercial e do orçamento do estado, falência de bancos e empresas
- 31 de Janeiro de 1891 - revolta republicana no Porto, esmagada pelas tropas ainda fiéis ao rei.

2. Relaciona a ditadura de João Franco com o regicídio.
Perante as dificuldades do regime, D. Carlos nomeou João franco como chefe do governo. Este enveredou por uma via autoritária, dissolvendo o Parlamento e decretando o desterrro para todos aqueles que eram considerados culpados de crimes políticos. Foi esta atitude que levou os mais radicais - os elementos da Carbonária - a concretizarem o regicídio, no dia 1 de Fevereiro de 1908. Com a morte de D. Carlos I e de Luís Filipe, sobe ao trono D. Manuel II.

3. Descreve os acontecimentos mais relevantes do 5 de Outubro.
Depois da concentração de tropas afetas ao ideal republicano na Rotunda e do desembarque da marinha no Terreiro do Paço, José Relvas declara, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, a implantação da República. O rei D. Manuel II foge para o exílio.

4. Descreve o regime parlamentar estabelecido pela Constituição de 1911.
O poder passou a ser partilhado pelo Presidente da República,o Governo, o Congresso e os Tribunais. No entanto, o poder legislativo sobrepunha-se ao executivo, pelo que era um regime parlamentarista. De facto, os governos precisavam do apoio da maioria parlamentar para se manter no poder.

5. Refere as medidas tomadas pelos governos republicanos.
As medidas tomadas pelos governos republicanos foram:
- económicas: para aumentar a produção agrícola, aumentaram a mecanização e a utillização dos adubos; fomentaram-se algumas indústrias, como a das conservas, metalurgia e cimentos; construíram-se estradas e caminhos de ferro.
- educação: estabeleceu-se a escolaridade obrigatória entre os 7 e os 10 anos; criaram-se escolas primárias e desenvolveu-se o ensino técnico; criaram-se as Universidades de Lisboa e do Porto e reorganizou-se a de Coimbra.
- sociais: reconheceu-se o direito à greve e estabeleceu-se o horário semanal de 48 horas para a maioria dos trabalhadores.
- Igreja: a lei da separação da Igreja e do estado; expulsão dos Jesuítas, nacionalização dos bens da Igreja, obrigatoriedade do registo civil.

6. Explica a instabilidade política registada nos 16 anos da 1ª República.
Durante os 16 anos da 1ª República, o país conheceu 45 governos, o que significa uma duração média de 4 meses. O poder executivo (que estava nas mãos do governo) dependia do poder legislativo (parlamento) e da existência de uma maioria absoluta. A inexistência dessas maiorias parlamentares, os golpes militares, agressões físicas, ataques bombistas e até assassinatos provocaram sucessivas dificuldades aos governos, conduzindo à sua queda.

7. Justifica o descontentamento de vários grupos sociais relativamente à 1ª República.
O descontentamento da classe média era devido aos efeitos da crise económica que se fazia sentir: a falta de bens alimentares, a subida dos preços, a desvalorização do escudo e a consequente perda do poder de compra. Por outro lado, as constantes alterações à ordem pública  (atentados bombistas, assaltos, agressões físicas) fazia crescer um grande sentimento de insegurança.
Quanto ao proletariado, foram inúmeros os moviemtnos grevistas neste período que contestavam contra os baixos salários e o horário de trabalho, o que acabou por aumentar o sentimento de insatisfação relativamente à 1ª república.
Os católicos também estavam descontentes com a República devido à política anticlerical de vários governos, assim como os monárquicos ( que restabeleceram a "Monarquia do Norte" em 1919.

8.  Descreve o agravamento da situação  na década de 1920.
Na década de 1920 dá-se um agravamento da situação económico-social devido à deteriorização das finanças públicas, à diminuição do poder de compra, aos movimentos grevistas e aos atos terroristas. Por isso, o descontentamento social aumenta, sobretudo entre as classes médias e o operariado.

9. Explica o golpe militar de 28 de Maio de 1926.
Devido à perda de poder de compra e ao sentimento de insegurança, amplas camadas da população vão deixar de apoiar os governos da 1ª República, passando a defender que só um regime forte conseguiria impôr a ordem e a tranquilidade. Por isso, os militares passam a ser vistos como os únicos capazes de restabelecer a ordem pública. estava, assim, criada uma base social de apoio ao golpe militar.


10. Caracteriza o regime político saído desse golpe militar.
O golpe militar, encabeçado pelo general Gomes da Costa, vai instaurar uma ditadura militar através da abolição do Parlamento e da repressão das liberdades individuais
.

SOCIEDADE E CULTURA NUM MUNDO EM MUDANÇA

1. Caracteriza a "Belle Époque" e os “Loucos Anos 20”.
A Belle Époque é uma período de grande prosperidade económica, que vai de 1871 a 1914. Neste período, nas grandes cidades europeias e americanas, a burguesia endinheirada frequentava os espetáculos de ópera, os teatros, os cafés-concerto, convivia nos jardins públicos, nas termas e nas praias.
Os Loucos Anos 20 também foram um período de prosperidade económica mas caracterizaram-se pela alteração dos padrões de vida da classe média e da burguesia. A ânsia de viver leva ao aparecimento de novos hábitos: o cinema, os cabarés e clubes nocturnos, onde se ouviam as novas músicas e se dançavam as novas danças. Surgem novos desportos, como o tenis e o futebol. 

2. Descreve o novo estatuto adquirido pelas mulheres
A mulher alterou os seus hábitos e ganhou um novo estatuto. Na moda feminina, as mulheres deixaram de ter os longos vestidos da "Belle Époque", as saias subiram até ao joelho, o espartilho foi substituído pelo soutien, deixaram de usar complicados penteados e cortaram os cabelos "à garçonne". No dia a dia, passou a ter mais liberdade, adquirindo alguns hábitos até então masculinos: fumar, beber em público, ir aozinha ao cinema ou fazer desporto.
A mulher, durante a guerra, tinha já entrado no mundo do trabalho, começando a lutar pelo direito ao voto.

3. Diz em que consiste a cultura de massas.
A cultura de massas é o acesso à cultura por parte de vastas camadas da população.

4. Refere os instrumentos que permitiram a formação da cultura de massas.
Os meios que contribuíram para a cultura de massas foram:
- a imprensa – jornais e revistas com notícias, entretenimento, publicidade, vida política, entrevistas, etc;
- o cinema – cenas, de circo, conquista do oeste americano, espectáculos de pugilismo, etc;
- rádio – telenovela radiofónica, discursos dos políticos, música, publicidade, etc.
Outros meios: teatro, exposições de arte e desporto (boxe, corridas de automóveis, partidas de técnicas, basebol e futebol).

5. Identifica alguns progressos científicos e técnicos registados na época.
Alguns dos progressos científicos foram:
- Física – teoria quântica (Max planck), teoria da relatividade (Einstein);
- Astronomia – teoria do Big Bang;
- Medicina – descoberta da penicilina (Fleming) e da insulina e progressos vários nas técnicas de diagnóstico;
- Ciências Humanas – aparecimento da Psicanálise (Freud), descobertas arqueológicas.
Alguns dos progressos técnicos foram: o automóvel,, máquinas fotográficas, aviõ,, relógio de pulso, máquina de costura, aspirador, frigorífico e máquina de lavar a roupa.

6. Distingue os vários movimentos artísticos surgidos.
As primeiras décadas do século XX conheceram uma multiplicidade de movimentos artísticos, entre os quais se destacam:
- Cubismo – redução dos objectos a figuras geométricas, como o cubo, a esfera e o cilíndro. Destaca-se Picasso;
- Futurismo – transmissão de sensações relacionadas com a velocidade, a luz e o ruído, relacionados com a vida moderna. Destaca-se Giacomo Balla e Boccioni;
- Abstraccionismo – movimento não-figurativo, representando, apenas, linhas e manchas de cor, exprimindo determinadas sensações. Distingue-se Kandinsky;
- Expressionismo – transmissão das emoções, nomeadamente pelas expressões do rosto. Destacou-se Edvard Munch;
- Surrealismo – exploração do mundo dos sonhos, das alucinações e do surreal, expressando angústias e obsessões. Destacou-se Salvador Dalí.
- Fauvismo - alteração da realidade através de cores vivas, violentas e de formas simples, quase reduzidas à linha e ao cor. Destacou-se Matisse. 

7. Distingue as novas concepções arquitectónicas.
As correntes arquitectónicas surgidas neste período foram:
- a “Bauhaus”, ou arquitectura funcional, corrente que privilegia a funcionalidade do edifício, optando por linhas simples, geométricas, sem elementos decorativos. Distinguiu-se Le Corbusier;
- a arquitectura orgânica, corrente que tenta harmonizar o edifício com o ambiente que o rodeia. Distinguiu-se Frank Lloyd Wright.


A GRANDE CRISE DO CAPITALISMO

1 Justifica a crise de superprodução registada nos finais dos anos 20 nos EUA.
De 1922 a 1929, a economia americana conheceu uma época de grande prosperidade económica. Aumenta o poder de compra e o consumo, o recurso ao crédiyo  e a actividade especulativa na Bolsa.
No entanto, a partir de 1927, o consumo estagnou mas a produtividade das empresas continuou a aumentar. Como consequência, muitos produtos ficavam armazenados, sem comprador, o que lecou à diminuição dos lucros das empresas. Chega-se a uma situação de crise de superprodução porque se produzia mais do que o mercado conseguia consumir.

2 Relaciona a crise de superprodução com a “Quinta-feira Negra”.
No Verão de 1929, começam a surgir notícias nos jornais que davam conta da diminuição dos lucros das empresas. No dia 24 de Outubro, 13 milhões de acções são postas à venda: como a oferta era superior à procura, o valor das acções cai vertiginosamente – foi a “Quinta-feira Negra”.
3. Justifica a crise financeira despoletada pelo crash de Wall Street.
A falência da Bolsa de Wall Street provocou a falência de particulares, de empresas e de bancos, devido à quebra do valor das acções e à quebra de crédito. 

4 Menciona as consequências dessa crise financeira.
A falência de empresas provocou o aumento do desemprego e a diminuição do poder de compra. A diminuição do consumo  agravou as dificuldades das empresas no escoamento dos seus produtos, levando, por sua vez, a mais falências. É o chamado círculo vicioso da crise.

5 Explica a mundialização da crise económica.
Com a retirada dos capitais americanos da Europa, as empresas europeias deixaram de ter o recurso ao crédito, conduzindo a falências e, portanto, ao despoletar do círculo vicioso da crise.
A diminuição do consumo nos EUA e na Europa conduziu à retracção do comércio internacional, levando a uma diminuição das importações das colónias e dos países subdesenvolvidas, cuja economia estava dependente da exportação de matérias-primas ou de alimentos. Devido à diminuição das exportações, muitas empresas, nesses países, abrem, também, falência e, mais uma vez, se inicia o círculo vicioso da crise noutros pontos do planeta.

6 Descreve os problemas sociais despoletados pela crise.
A crise económica conduziu, também, a uma grave crise social, reduzindo à pobreza 30 milhões de desempregados em todo o mundo, sobretudo nos EUA, Alemanha e Inglaterra. Todos os grupos sociais foram afectados, desde o operariado, passando pelos camponeses, a classe média e, finalmente, os empresários (muitos ficarm literalmente sem nada!)

7 Identifica as medidas tomadas no âmbito do New Deal como uma solução para a saída da crise.
Para sair da crise, Franklin Roosevelt vai implementar uma política económica à qual vai dar o nome de “New Deal”, que vai consistir num conjunto de medidas, entre as quais se destacam:
- na agricultura e na indústria concedeu empréstimos e destruiu stocks de forma a aumentar o preço dos produtos (o paradoxo da crise: queimam-se alimentos mas há milhares a sofrerem de fome!);
- no sistema financeiro, criou mecanismos de controlo da actividade bancária de forma a evitar a especulação;
- nas obras públicas, mandou construir pontes, barragens, linhas férreas e estradas de forma a incentivar a criação de emprego e, deste modo, promover o consumo;
- medidas sociais de forma a promover o poder de compra: estabelecimento de um salário mínimo, limitação do horário semanal de trabalho e atribuição do subsídio de desemprego.

1.      RÚSSIA: DO CZARISMO À DITADURA CZARISTA
 
2.1 Caracteriza a situação política, económica e social da Rússia nos inícios do século XX.
A Rússia tinha uma monarquia hereditária absoluta, dirigida pelo czar Nicolau II. Economicamente, a Rússia era um país essencialmente agrícola, cuja produtividade era baixa. A indústria estava pouco desenvolvida. A sociedade era desigualitária. O clero e a nobreza, os grupos privilegiados, detinham a maior parte das terras. A maioria da população era constituída por camponeses, que pagavam pesados tributos aos proprietários da terra e levavam uma vida extremamente difícil, nomeadamente fome. A situação agravou-se com a entrada da Rússia na guerra, que causou escassez de alimentos e o aumento dos preços.
2.2 Distingue a Revolução de Fevereiro da Revolução de Outubro, em termos ideológicos.
Com o apoio dos soldados, a Revolução de Fevereiro derrubou a monarquia absoluta e implantou um regime liberal burguês. O Partido Bolchevique, defensor da ideologia comunista, vai organizar os sovietes (conselhos de operários, soldados e camponeses) e, em vai ser responsável pela Revolução de Outubro com o objectivo de implantar um regime socialista.
2.3 Refere as primeiras medidas tomadas por Lenine para criar um Estado Socialista.
As primeiras medidas tomadas por Lenine foram a abolição da grande propriedade privada e o controlo operário das fábricas para estabelecer uma sociedade sem classes.
2.4 Menciona as medidas tomadas no decorrer do “comunismo de guerra”.
O despoletar da guerra civil entre 1918 e 1921 vai originar um conjunto de medidas radicais, conhecidas por “Comunismo de Guerra”: os principais sectores da economia foram nacionalizados, os géneros agrícolas foram requisitados para abastecimento do exército e da população e foi implantada uma ditadura, com o estabelecimento de um regime de partido único, censura e polícia política (Tcheka), de forma a reprimir todos os opositores.
2.5 Explica a adopção da NEP por parte de Lenine.
A guerra civil provocou uma grave crise económica da Rússia, com uma descida drástica da produção, provocando fome e miséria. De forma a relançar a economia russa, Lenine adota uma “Nova Política Económica”.
2.6 Demonstra a liberalização da economia entre 1921 e 1927 com a NEP.
No âmbito da “Nova Política Económica, Lenine estabelece a propriedade privada da terra, a supressão da requisição de alimentos, a desnacionalização das fábricas, a livre circulação de produtos  e a autorização de investimentos estrangeiros.
2.7 Indica os efeitos da aplicação da N.E.P
Devido à aplicação destas medidas, a economia russa recuperou, possibilitando o retorno à via socialista, de controlo da economia por parte do Estado.
2.8 Refere as medidas tomadas por Estaline para implementar uma economia socialista.
Estaline adotou a colectivização dos meios de produção (nacionalização de todos os sectores económicos) e a planificação da economia, estabelecendo planos quinquenais, que fixavam os níveis de produção a atingir num período de 5 anos. A terra foi coletivizada através dos kolkozes (cooperativas) e sovkhozes (quintas do Estado) e desenvolveu o sector industrial. Como consequência, a URSS tornou-se numa grande potência industrial e militar.
2.9 Demonstra o carácter totalitarista do Estalinismo.
 Estaline impôs uma ditadura repressiva, perseguindo milhares de opositores; alguns foram assassinados, outros presos e deportados para os gulags (campos de concentração). Instituiu a censura e a polícia política (KGB). Para além dos milhões de vítimas, originou grandes desigualdades sociais em benefício dos membros do Partido Comunista. Estaline, líder do partido, foi objecto de culto, sendo venerado como “Pai do Povo”.